Modos de ver (documentário)

 O vídeo traz a questão da reprodutibilidade da arte e sua manipulação através de recortes e adição de outros elementos com linguagens diferentes(ou não), como por exemplo a música. Quando é mostrada as pinturas sem o som, me trouxe uma sensação diferente, foi uma reflexão interessante que o narrador do documentário me fez pensar, sempre que vejo pinturas do tipo são acompanhadas com ou textos com informações, ou alguém contando detalhes da obra, quando ele silencia e exibe apenas a pintura, é como se ele simplesmente deixasse a imagem falar por ela mesma, trazendo sensações diferentes das que estou acostumado. Além disso, ao exibir uma pintura do Caravaggio para as crianças ele deixa mais claro como cada leitura de uma obra é única e quando junto da obra é trazido outros elementos, acaba ocorrendo de "padronizar" a experiência que as pessoas terão da mesma. Por fim, o documentário me fez refletir sobre como a arte pode ser fragmentada atualmente. Antes da fotografia, a obra era única, presente em apenas um local, com possibilidades limitadas de perspectivas, no entanto, atualmente, uma pintura, por exemplo, pode ser fragmentada em infinitas outras "obras", através de recortes, capturando ângulos diferentes, editando as imagens, são muitas as ferramentas para instrumentalizar a arte de outra pessoa a favor de quem a utiliza.


A reprodutibilidade da arte e a questão dos aspectos originais das obras que são tratadas no documentário se relaciona ou se baseia de alguma forma nos conceitos da "aura" da arte que, se não me engano, Walter Benjamin utilizava?



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